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A IMPORTÂNCIA DO DESENCOURAÇAMENTO NO SEGMENTO OCULAR

Juan Pablo Lizana Monreal/ José Henrique Volpi

Artigo de trabalho e apresentação para concluir créditos para o curso de Especialização em Psicoterapia Corporal do Centro Reichiano em maio/022

RESUMO: Na Psicoterapia Corporal, o contato com a percepção dos sentidos ocupa um importante papel. Os sentidos são relacionados com as interações com o mundo e com a integração do ser humano e têm importância desde o seu período de formação no corpo humano, intrauterino, quando a maioria dos órgãos dos sentidos vão se formando a partir do ectoderma. São indispensáveis ao desenvolvimento emocionalmente saudável do ser humano, viabilizando o contato entre o que está dentro e fora. É a experiência desse contato que vai determinar a movimentação e pulsação do fluxo energético natural pelo corpo, sendo necessário seu livre circular para tornar o corpo vivo, vital e funcional. A proposta deste trabalho, é aprofundar a importância do desenvolvimento do trabalho corporal no nível 1 (segmento ocular), nível intimamente envolvido com os sentidos e consequentemente com o contato do paciente com o mundo, assim o objetivo é destacar como o desencouraçamento deste nível vai ser imprescindível para um bom desenvolvimento do indivíduo em terapia.

Palavras-chave: Corpo. Desenvolvimento. Psicologia. Reich. Vegetoterapia.


William Reich, foi aluno de Freud e psicanalista, e também, o criador da Orgonomia, ciência que vê o homem como a expressão de uma energia que está em constante movimento dentro e fora do corpo. Reich buscava a interação entre mente, corpo, energia, emoção e a premissa de que o corpo e a mente deveriam ser trabalhados em conjunto na psicoterapia, o que deu início às terapias corporais. Da Orgonomia, fazem parte as metodologias técnicas da análise do caráter, vegetoterapia e Orgonoterapia (VOLPI; VOLPI, 2020).

A Psicologia Corporal, fundamentada nos conhecimentos e descobertas de Reich, reconhece na atitude e no corpo do paciente as impressões registradas durante as etapas do desenvolvimento emocional. O corpo registra todas as impressões vividas durante a vida e principalmente durante a primeira infância. Estas impressões ficam congeladas no corpo, uma vez que a mente retém os conflitos emocionais e o corpo os mantém em forma de couraça muscular, contraindo e adotando posturas corporais defensivas, que bloqueiam ou impedem a pulsação natural da energia no organismo. A sucessão e repetição destes eventos, que são traumáticos e significativos, comprometem o estado psíquico, físico e energético da pessoa, formando os traços de caráter. A partir do reconhecimento desses traços de caráter, somando a investigação da história pessoal do paciente, é proposto um projeto terapêutico que irá nortear o desenvolvimento da psicoterapia, trabalhando diretamente nesses segmentos corporais. A energia no corpo deve circular livremente da cabeça aos pés e vise e versa e encontrar a descarga natural em uma sexualidade sadia e satisfatória (NAVARRO; in:VOLPI;VOLPI, 2020).

A proposta da Psicologia Corporal é atuar sobre estes aspectos físicos, emocionais, cognitivos e energéticos, possibilitando a flexibilização e até mesmo eliminação das couraças. No decorrer das etapas do desenvolvimento emocional, as impressões congeladas no corpo com os eventos traumáticos, podem ser localizados em segmentos musculares na forma de anéis contraídos, que impedem a livre circulação dessa energia biológica.

Estes segmentos foram chamados por Reich de níveis e são 7 (NAVARRO; in:VOLPI;VOLPI, 2020).

1º nível: segmento ocular (cérebro, olhos, ouvidos, nariz e telerreceptores)

2º nível: segmento oral (boca)

3º nível: segmento cervical (pescoço)

4º nível: segmento peitoral peitoral (tórax e braços)

5º nível: segmento diafragmático

6º nível: segmento abdominal

7º nível: segmento pélvico (pélvis e pernas)

Para este trabalho iremos manter nossa atenção no nível 1 (ocular) e partes dele utilizadas concomitantemente no nível 2 (oral). O segmento ocular é o segmento do contato com o Eu e com o mundo e é um dos segmentos mais importantes no sentido emocional, pois é por meio desses órgãos, que recebemos (ou rejeitamos) as informações que são captadas no mundo externo e irão contribuir para a construção de nossa personalidade e de nosso caráter. Este segmento corresponde a toda a metade superior da cabeça, estendendo-se desde a nuca até o nariz incluindo todas as suas partes internas. O principal componente é o encéfalo, composto por cérebro, cerebelo e tronco encefálico. O cérebro é o responsável pela elaboração de nossas funções psíquicas (memória, conceituação, linguagem, formulação do pensamento) e também pelo comando de todas as nossas funções corporais (motoras, viscerais e endócrinas). Também responde indiretamente pelo comando dos fluxos orgóticos e pela configuração do campo energético, portanto, funciona como um elo de ligação entre o psiquismo e o restante do corpo. Evidentemente, como o cérebro é responsável pelo comando de todas as nossas funções corporais ele também fica responsável pela gênese e pela manutenção da couraça. Para desencouraçar, deve haver uma reorganização funcional do sistema nervosa (TROTTA; in: VOLPI; VOLPI, 2020).

Outra parte do segmento ocular são os olhos. O homem, sendo um animal ótico, têm seus circuitos neuronais relacionados com a visão e apresenta amplas e importantes conexões com várias regiões dos dois hemisférios cerebrais, conectando-as funcionalmente. A visão binocular, de importância fundamental da espécie humana, consiste da sobreposição, ou na fusão, da imagem de ambos os olhos ao nível do cortex visual primário. Este fenômeno depende de um ajuste preciso dos movimentos conjugados dos dois olhos que é comandado por várias regiões corticais e subcorticais dos dois hemisférios cerebrais. A importância da visão binocular na espécie humana, está no fato de possibilitar a percepção tridimensional e também a maior concentração de atenção e discernimento analítico do objeto foco de visão. Estes processos envolvem a transmissão de informações entre os dois hemisférios cerebrais e também a participação de estruturas do sistema límbico. O desenvolvimento da percepção e discernimento visual envolve um aprendizado cognitivo que forma os alicerces de nosso psiquismo. (TROTTA; in: VOLPI; VOLPI, 2020)

Os olhos não são apenas um órgão de captação de estímulos. Eles também funcionam como orgão de expressão de emoções, reagindo aos sentimentos. O recém nascido precisa fixar os olhos para ter um ponto de referência que precisa ser a mãe, pois com o vulto materno, aprende a diferenciar o Eu do Eu outro (NAVARRO, 1996).

Uma terceira parte do segmento ocular são os ouvidos. Durante o primeiro período do desenvolvimento infantil, existe uma predominância auditiva sobre a óptica. Com o nascimento, a predominância auditiva cede lugar à predominância óptica, que vai amadurecendo a função visual. O encouraçamento deste órgão pode ocorrer no período uterino.

A pele, quarta parte do segmento ocular, é formada no período embrionário. É um dos maiores órgãos do corpo humano e recobre o corpo inteiro, protegendo-o dos raios do sol, dos atritos e da perda excessiva de água. A pele recebe constantes estímulos provindos do ambiente e identifica as distintas sensações, graças aos diferentes receptores nervosos especializados, que estão esparramados pelo corpo todo. São receptores responsáveis em identificar o toque, a pressão, a dor, a vibração, o tato e entre eles está o folículo piloso (os pêlos). É um orgão importantíssimo do ponto de vista psicológico, a comunicação dele com a mente e com o sistema nervoso é imediato e também expressa emoções, pois o ser humano reage com a pele expressando suas mais íntimas dificudades. Como embriológicamente se origina do ectoderma, é considerado nosso cérebro externo, Segundo Navarro (1991, p.55) “Na pele está contido nosso Eu; por isso todos os distúrbios crônicos da pele exprimem um mau funcionamento do Eu”.

Foi através da pele, que Reich comprovou fisiologicamente a teoria de Freud sobre as zonas erógenas, que são zonas de prazer e pôde afirmar que o potencial de uma zona erógena, não aumenta a menos que uma sensação fluida de prazer seja sentida nessa zona (REICH, 1975). Toda a superfície do corpo é constituída de uma membrana porosa que apresenta um potencial elétrico onde, em momentos de prazer, a carga se eleva e em momentos de desprazer, a carga diminui. Portanto, o aumento do potencial é sempre acompanhado por uma sensação de prazer. Isso demonstra que as neuroses deixam de ser apenas os resultados de conflitos psíquicos e fixações infantis não resolvidos. Essas fixações e conflitos psíquicos causam perturbações fundamentais na regulagem da energia bioelétrica e desse modo, se tornam somaticamente ancoradas (REICH, 1975).

A etapa do desenvolvimento emocional relacionada com o segmento ocular é a primeira etapa do desenvolvimento, Etapa da Sustentação, que tem seu início na fecundação e se estende durante todo o período de amamentação, até o nono mês de vida. A próxima etapa, Incorporação, irá começar com o nascimento e amamentação, mas essa etapa de sustentação continua seguindo, porque o bebê, além do alimento, continua precisando do contato físico da mãe.

Contato aqui será a palavra chave. Nosso contato com a realidade, se dá por intermédio da sensorialidade e toda a terapia Reichiana baseia-se no contato que o indivíduo precisa ter consigo e com os outros. Contato é comunicação e abrange todos os sentidos que podem interagir com o mundo. Contato é feito com os sentidos. Todos os sentidos, funcionando isoladamente ou em conjunto, guardam em si o potencial para a comunicação, integrando o que está fora e o que está dentro do organismo e esta comunicação se faz imprescindível do ponto de vista emocional. Segundo Baker (1980, p.45) “. Um contato completo é vital ao desenvolvimento em geral, na medida em que promove a sensação de aceitação e de bem estar, encorajando à expansão e a busca no meio ambiente”. Os sentidos compreendem o mundo ao redor e comunicam os sentimentos, estes provocam as reações corporais.

É na Etapa de Sustentação que se evidencia o contato e a comunicação. O útero é o primeiro ambiente em que se encontra o bebê durante seu desenvolvimento físico, energético e emocional, onde o contato se dá com a mãe por meio de suas paredes e do cordão umbilical, que irá sustentar e nutrir o bebê, não apenas de forma fisiológica, mas também emocional e energética. É um contato não apenas corporal, mas também de energia e afeto entre a mãe e o bebê em formação. Esse contato, primeiramente com o útero e posteriormente com as figuras humanas de referência é indispensável ao desenvolvimento emocionalmente saudável do ser humano.

A etapa de sustentação é composta por 3 fases. A primeira chama-se fase de segmentação ou clivagem e corresponde ao período que vai desde o momento da fecundação até a implantação do zigoto nas paredes uterinas, o que se dá por volta do quinto ao sétimo dia após a fecundação. O útero, deverá ser receptivo, pulsante e acolhedor. Dessa forma, medo, estresse, angústia, ou qualquer outro tipo de emoção podem alterar esse processo energético e dificultar ou impedir a sustentação, nidação do zigoto nas paredes uterinas. Isso explica porquê muitos embriões não prosperam nessa etapa, acontecendo um aborto espontâneo que, na maioria das vezes, passa desapercebido pela própria mãe.

A segunda fase recebe o nome de fase embrionária e tem início com a implantação do zigoto, estendendo-se até o final do segundo mês de gestação. É importante considerar que qualquer situação estressante é capaz de ativar os mecanismos endócrinos maternos e interferir no desenvolvimento físico e energético do bebê e, esta é uma situação que pode ser sentida pelo bebê como uma ameaça de aborto e, até mesmo provocar a alteração das informações genéticas que são transmitidas de célula à célula por meio do DNA. Mesmo que não ocorra o aborto ou a alteração do DNA, esses registros ficarão armazenados na memória celular, resultando posteriormente na possibilidade de gerar sérios comprometimentos.

A terceira e última fase é denominada de fase fetal, cujo período se estende do terceiro mês de gestação até o décimo dia após o nascimento e segue até o final do desmame. Nesta fase, o bebê já é capaz de reagir aos estímulos auditivos, luminosos, gustativos, táteis e até mesmo olfativos. O bebê já é capaz de sentir tudo aquilo que é sentido pela mãe. Nesta fase e na que se estende pela fase da incorporação. É de importância apontar o contato materno durante a amamentação, refletindo o calor amoroso e o seu cuidado com o bebê, envolvendo os sentidos do bebê que se deixam envolver e participar desse contato, sempre acalentado pela presença materna.

O bloqueio do segmento de couraça, acontece, quando o feto, o bebê ou a criança passa por um estresse, que pode ser significativo devido a duração, intensidade e em qual período do desenvolvimento aconteceu. Se o estresse ocorreu em um momento precoce do desenvolvimento, durante a gestação, parto ou primeiros dias de vida, ou seja, nesta Etapa de Sustentação, o segmento ocular relacionado a esta etapa será bloqueado. O bloqueio pode acontecer em qualquer orgão deste segmento, cérebro, pele, olhos, ouvidos ou olfato, tendo as características individuais de cada orgão não aprofundadas neste artigo.

O trabalho realizado com a Vegetoterapia, que é o trabalho voltado ao corpo na Orgonomia, tem o objetivo de intervir no corpo do paciente através de actings, movimentos corporais que provocam reações neurovegeto-emocionais e musculares, capazes de reestruturar uma psicoafetividade sadia, e é considerada a história desde o nascimento do indivíduo. O reequilíbrio neurovegetativo por ativação do Sistema neurovegetativo, e a análise do caráter, trabalho voltado á análise verbal na Orgonomia, colocam o indivíduo numa posição não apenas de compreender, mas principalmente de sentir a sua capacidade, ou seja, seu Eu e o seu Ser no mundo.

Assim, na história de um indivíduo, desde o seu Nascimento, desde a sua fecundação, e até antes, onde, suas necessidades existenciais primárias ligadas á sua base instintiva, de ser biológico: a fome, o sono e o sexo, ou seja, onde essas necessidades não forem satisfeitas, derivam disso frustrações, com os mecanismos psicodinâmicos de defesa ancorados no corpo. Estes mecanismos nascem da libido individual, que é a força da energia vital de uma pessoa.

Podemos então, com esta metodologia, localizar nos níveis e anéis de couraça, as instâncias psicológicas bloqueadas. Elas irão se mostrar também na linguagem do corpo. Poderão ser trabalhadas através dos actings, provocando manifestações emocionais e neurovegetativas, através da sensação que a emoção produz, podendo ser analisadas pela verbalização da vivência para tornar conscientes sensações ou estados de ânimo alterados desde o perído pré-verbal, provocando ab-reações que vão descarregar a energia bloqueada a nivel muscular, desfazendo essas tensões musculares e liberando o caminho para a circulação energética. Portanto, se a necessidade de expressão for reprimida, ela ficará emocional e energéticamente retida nos músculos e encontrará, como compensação substitutiva, ou função reativa, a necessidade de descarregar-se psicológicamente, só que não vão ser descargas satisfatórias nem liberadoras, o que fará retornar a energia para diferentes níveis corporais, extaseando o nível, transformando o resultado em neurose, doenças e somatizações.

Trabalhar a vivência intrauterina e do período pré-natal, implica buscar o reequilíbrio do temperamento. O temperamento é a maneira interna de ser e agir de cada pessoa, o fator pessoal, individual, o aspecto somático de cada pessoa. São as ações e reações diferenciadas de cada pessoa dentro de sua estrutura de caráter e couraça caracterológica e muscular. O temperamento é menos acessível que o caráter. É formado em vivências primitivas, sob predomínio reptiliano e límbico. Nesta fase de vivência, o individuo constrói mecanismos de defesa fundamentalmente hormonal e neurovegetativa. Para poder elucidar, vamos olhar mais de perto, as origens do temperamento.

A característica de todo ser vivo é a sensibilidade. A manifestação da sensibilidade é o instinto, que provem do feedback que a pessoa tem de vivências, resultando dessas condições de estabilidade percebidas pela sensibilidade. O instinto é essa percepção de vários feedbacks vivenciados. Quando o instinto vem solicitado do interior, produz sentimentos com motivações afetivas, e, quando solicitado do exterior, produz o sentimento da emoção, que é portanto uma reação. O sentimento, então, é a manifestação da sensibilidade que é afetiva se vem solicitada de dentrou ou emocional (reativa) se vem solicitada de fora. O sentimento, portanto, é um estado afetivo indeterminado, que provoca no ser humano um estado de necessidade. Este estado de necessidade é a tradução subjetiva da quantidade de energia pulsional (instintiva) que pode sofrer conversão, deslocamento ou transformação, ou seja, significa que é uma atividade energética límbica, pois estimula as funções reptilianas nos animais de sangue quente. Vamos estar lidando diretamente com as funções reptilianas, primitivas, temperamentais.

O temperamento é constituído de defesas hormonal e neurovegetativas, formadas em períodos precoces do desenvolvimento. O caráter é constituído de defesas neuromusculares, proveniente de situações surgidas após o amadurecimento cortical, por volta dos 9 ou 10meses de vida após o nascimento. Por este motivo, temos que trabalhar o temperamento antes para poder prover uma base para o amadurecimento caracterial depois. É necessário conseguir equilibrar os bloqueios energéticos ocorridos na vida pré-natal, fase oral e de desmame, antes de se tentar os desbloqueios dos níveis corporais que ocorreram posteriormente.

Não se deve trabalhar o caráter do “Eu”, sem antes ajudar o indivíduo a fortalecer este “Eu”. Trabalhar a couraça muscular, as defesas caracterológicas, sem antes equilibrar o Núcleo Psicótico, coloca em risco toda a estrutura da personalidade. É necessário reforçar as bases para manter a estrutura assegurada. É preciso trabalhar suficiente os bloqueios primitivos para não haver risco de explosão do Núcleo Psicótico, resultando em crise, doenças emergenciais graves, somatização e conversão, deslocamento ou transformação dessa energia límbica trabalhada.

Para trabalhar a condição intra-uterina, o mais importante é a qualidade e o tipo de clima que se consiga criar ao longo da sessão terapêutica. É que a condição de um núcleo psicótico decorre de uma frustração fetal. É sempre importante relacionar que todo o trabalho profundo a ser realizado depois, depende de um bom desenvolvimento anterior no desbloqueio realizado no segmento ocular.

É preciso fortalecer este nível para que o paciente possa entrar em contato com o seu conflito de maneira integral e, assim, vivenciá-lo de modo a compreender no seu ser as mudanças necessárias (que muitas vezes ele já sabe) que estão por vir. É nessa compreensão de si, facilitada com o desencouraçamento do segmento ocular, que ele vai encontrar a certeza e a tranquilidade para perceber, sentir e se apoderar de sua situação em bloqueios que vieram posteriormente, que aconteceram após o amadurecimento cortical (como vimos anteriormente). É preciso fortalecer a maneira como ele se enxerga na relação consigo mesmo, na relação com o outro, com os outros e fora deles. Com isso também é preciso liberar as suas expressões verbais, pois assim vai poder demonstrar as suas emoções e se apoderar de suas certezas. Este é o primeiro passo, indispensável para a melhor resolução de seus problemas. Esse fortalecimento destes níveis é perene, duradouro e já vai servir para melhorar a sua integração como um todo em sua vida. Quando podemos nos enxergar e nos expressar como somos, como estamos, como sentimos, podemos resolver qualquer conflito! Por isso na Psicoterapia Corporal, começamos desenvolvendo o segmento ocular (olhos) e o segmento oral (boca), sendo este, níveis imprescindíveis para poder entrar em contato com conteúdos mais profundos. É a preparação imprescindível para uma maturidade caracterial saudável que facilite a entrada no seu conflito edípico, quando este puder ser trabalhado em terapia.

Referências:

VOLPI, J.H.; VOLPI, S.M.. Apostila do curso de Especialização em Psicologia Corporal, Módulo 1 Aula 3, Centro Reichiano, 2020.

VOLPI, J.H.; VOLPI, S.M.. Apostila do curso de Especialização em Psicologia Corporal, Módulo 1 Aula 4, Centro Reichiano, 2020.

VOLPI, J.H.; VOLPI, S.M.. Apostila do curso de Especialização em Psicologia Corporal, Módulo 2, Aula 1, Centro Reichiano, 2020.

VOLPI, J.H.; VOLPI, S.M.. Apostila do curso de Especialização em Psicologia Corporal, Módulo 2, Aula 2, Centro Reichiano, 2020.

VOLPI, J.H.; VOLPI, S.M.. Apostila do curso de Especialização em Psicologia Corporal, Módulo 2, Aula 3, Centro Reichiano, 2020.

VOLPI, J.H.; VOLPI, S.M.. Apostila do curso de Especialização em Psicologia Corporal, Módulo 2, Aula 4, Centro Reichiano, 2020.

BAKER, E. O labirinto humano. São Paulo: Summus, 1980.

REICH, W. Análise do caráter. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

VOLPI, J. H; VOLPI, S. M. Crescer é uma aventura! Desenvolvimento emocional segundo a Psicologia Corporal. Curitiba: Centro Reichiano, 2006.

 
 
 

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